Aproveitando a *amsterā e a recente postagem cá de Slakkos Abonos, foquemos hoje numas singelas reflexões Lugunassadeanas.
Sobre o nome da festividade
311. Tailtiu imorro, ingen Mag Móir ríg Espáne, ban-rígan Fer mBolg, tánic-side íar cur áir Fer mBolg issin chét chath Maige Tuired co Caill Cuan, 7 slechtaither le in chaill, cor bo mag scothemrach ria cind bliadna. Is hí in Tailtiu-sa ba ben Echach meic Eirc, ríg Hérinn, co ro marbsat Túatha Dé Danann é. Is é Mac Eirc dosfuc a Hespáin ó hathair, .i. ó Mag Mór Mall ríg Hespáne. Taltiu trá, ro thresbastar i Tailtin, ra fái re Eocho nGarb mac Duach Daill de Túathaib Dé Danann, 7 dorat Cian mac Déin Checht, .i. Scal Balb ainm aile do, a mac di for altrom .i. Lug. Eithne ingen Balair Bailcbeimnig a mathair-side. Conerbailt iarsain Tailtiu gi Taltin, co tartdad a hainm fuirri, 7 conid hí a fhert fil ond fhorud Thailten sáirthúaid: condénta a cluiche cacha bliadain ic Lug. .i. cóicthiges ria Lugnasad 7 cóicthiges íar Lugnasad. Lugnasad, .i. noasad Loga meic Eithnend, ainm in chluiche.
“Tailtiu, pois, filha do Grande Mor rei da Espanha, rainha dos Fir Bolg, que veio antes da matança aos Fir Bolg na primeira batalha de Mag Tuired a Ciall Cuan, e o bosque foi limpo por ela, de modo a ser um pasto florido antes do final do ano. É que ela, esta Tailtiu era a mulher de Eochu filho de Erc, rei da Irlanda, até que os Tuatha Dé Danann o matassem. Foi este filho de Erc que a raptou da Hispânia de seu pai, i.e. o Grande Mor Mall, rei da Hispânia. Assim Tailtiu, estabeleceu-se em Taltin, e dormiu com Eochu Garb filho de Dui Dall dos Tuatha Dé Danann: e deu Cian filho de Dian Cecht, i.e. Scal Baln que é seu outro nome para [ele], seu filho para ser criado i.e. Lug. Eithne filha de Balor Forte-Ferreador era sua mãe. Logo depois, Tailtiu morreu em Taltin [o lugar], cujo nome foi posto no lugar, e é sua tumba que está a nordeste do Assento de Taltiu: jogos foram feitos a cada ano por Lug, i.e. na quinzena antes do Lugnasad e na quinzena depois do Lugnasad¹, i.e. o “Ajuntamento” de Lug filho de Eithnen, o nome dos jogos.”
¹Outra versão: “Lugnasad, .i. aurdach nó sollomain Loga: unde Oengus post multum tempus dicebat: Nassad Logha, no nasad Beóain Melláin“, ou seja “Lugnasad, i.e. festival ou reunião-geral de Lug: a qual Oengus após muito tempo disse: o “Nassad” de Lug, ou o “násad” the Beóan de Mellan”.
(MACALISTER, R. A. S. Lebor Gabála Érenn. pt. IV. Dublin: Irish Text Society, 1941. p. 114-116)
Lúgnasad .i. cluiche no oenach is do is ainm násad .i. aurtach no cluiche Loga maic Ethne (no Ethlend) norfertha lais um thaide fogamair.
“Lúgnasad i.e. um jogo ou feira, doravante nomeada násad i.e. um festival ou jogo de Lug mac Ethne ou Ethlenn, o qual era celebrado no começo do outono.”
(STOKES, W. Three Irish Glossaries. London: Williams and Norgate, 1962. p. 26. et O’DONOVAN. Sanas Chormaic: Cormac’s Glossary. Calcutta: O. T. Cutter, 1868. p. 99)
O termo goidélico antigo “násad” é, obviamente, a grande questão do nome da festividade. Em Proto-céltico (doravante “PrC”) tal termo recua ao verbo *nad-sko- “atar, unir”, de onde podemos reconstruir algo como **nad-sk-ātis → nads(k)ātis → nassātis, de onde o proto-goidélico **nāssadis → nāsad. O significado de tal termo seria de “união festiva”, um ajuntamento de natureza comemorativa, o que explica tanto a associação com “Festival” (principal conotação do termo nos usos medievais) quanto com “Casamento”, apesar deste último sentido ser mais disputado. Daí nosso uso em PrC como *Lugu-nassātis, aportuguesado (e modernizado) como “Lugunassade”. É o festival do Senhor Lugus, simples assim.
Datas
Há quem defenda que o Senhor Lugus esteja a frente do “panteão” céltico, mais ou menos como estaria Wōðanaz a frente do germânico (e há quem, inclusive, pense que tal processo ocorrerá numa espécie de fusão e influência mútua entre as visões religiosas das tribos germânicas e dos gauleses na borda do Reno). Há muito espaço pata tal especulação e até a creio razoável, pelo menos como uma visão religiosa “desviante” que seria perfeitamente concebível numa realidade religiosa altamente tribal e localista como era em boa parte das terras célticas.
O que me parece mais factível e defensável, dentro das fontes acadêmicas que temos, é que o culto ao Senhor Lugus era bem popular – e na Gália, talvez, mais que ao culto do Tonante. Todos sabem da festividade organizada pelo império romano na cidade gala de Lugdunum, em 1 de Agosto, talvez com finalidades políticas de “apaziguamento” e “valorização da cultura local”, mas mesmo sendo assim, é perfeitamente defensável que tal data e ocasião representem uma continuidade significativa: possivelmente nos calendários religiosos gauleses a data correspondente “casaria”. E não à toa, no calendário juliano, na Hibérnia medieval também será esta a data associada ao násad de Lug.
Nós cá no Hemisfério Sul, uma vez considerado o “localismo geográfico”, digamos, ortoprático (diferentemente das fés Romana e Helênica, cujo caráter “cívico” se sobrepõe ao Naturalismo, se podemos dizer assim), relocamos a data para seu equivalente sazonal nesta parte do mundo: o final do mês de Janeiro e começo de Fevereiro. Enquanto nas Terras Ancestrais nossos parentes celebram o derretimento das neves com a purificação mascarada e alegre dos “carnavais” folclóricos, nós cá iniciamos nossos preparativos e já começamos a mirar o Poente.
Dentro da perspectiva lunissolar, o mês do jogos, o mês do Senhor Lugus, inicia com a primeira lunação após o Solstício de Verão. Este ano civil, dias 16-17 de Janeiro, inicia a lunação nova. Considerando a visão de 15 dias antes e 15 depois, justamente, temos o mês lunar inteiro que, grosso modo, neste ano civil, tomaria a segunda metade de Janeiro e a primeira de Fevereiro. No entanto, 30 dias de jogos, todo dia, é algo inviável e entendemos mais tal indicação como um período “favorável”, propício religiosamente para as competições diversas, inclusive algumas com valor augural/”mântico”.
É importante lembrar que, ao menos na Irlanda, o aspecto agrário da festividade é muito forte, inclusive nos vestígios folclóricos que apontam não apenas para a deusa Tailtiu, mas para também a divindade “obscura” Crom Cruach. Se o culto ao nosso homônimo iberocelta Crouga também deve ocorrer nesta ocasião, é algo que colocamos cá para discussão. Há a possibilidade de ser um desenvolvimento cultual puramente hibérnico, mas também poderia ser algo pancéltico. Fica cá registrado a provocação ao pensamento e estudo.
Epítetos do Senhor Lugus na Ibéria
Há muita informação sobre a divindade em si e sobre este festival e não viso cá revisar ou sistematizar o montante crescente de informação. Apenas farei um rápido apanhado dos epítetos registrados na Península Ibérica e uma atualização de minha interpretação destes. Recorramos a uma rápida pesquisa no banco de dados da Hispania Epigraphica (repositório online de fácil consulta).
ARQVIENIS/ARQVIENOBO (R. 2902 e 19111, Lugo) →A tradução deste epíteto céltico é difícil, mas cada vez mais estou convencido que a já datada (2002 no “Lenguas y Religiones Prerromanas del Occidente de la Península Ibérica”) proposta de Prósper faz sentido: *arkwo- e um acréscimo indicador de ação, de modo a significar “arqueiro” ou “aquele que curva”, “é flexível”. É de notar que os povos Celtas não se distingue lá muito pelo uso de tal arma (o arco), mas sabemos que lhes era conhecida. No mito irlandês, é com uma arma de longo alcance (numas versões uma lança, noutras uma atiradeira) que Lug acerta o mal olho de Balor. Mas, para além da popularidade do nome “Arccius”, “Arquius”, não sabemos lá muito.
AROVIEIS (R. 16032, Lugo) →Um termo céltico declinado em forma latina que também possui uma série de possibilidades. Basicamente, podemos entender como um termo composto pela preposição *φare- ou como iniciando com um *ar- raiz. Neste último caso, ficamos com os termos ligados a *aro- “plantação, terra arada”, o verbo *ar-yo- “arar a terra, plantar” e ficamos numa dificuldade danada para explicar a semi-vogal posterior. Se assumimos a preposição, temos *φare– + o verbo *aw-yo- “proteger, ajudar” (de onde esperaríamos AROVIO(V)NIS ou AROVIENIS), o termo *awyo- “descendente, neto” que comporia um sentido “estranho” de “pré-descendente”, assim como o termo “ovo” (*āwyo-). Um termo que me vem a mente é *φarawsyo-, “templo”, no entanto, fica difícil explicar a queda da sibilante, pois esperaríamos AROVSI(E)IS. Dada a dificuldade, ficamos tentados a considerar o composto *φare-aw-yo- “proteger”, mas sem conseguirmos reconstruir satisfatoriamente o adjetivo. Se – SE – consideramos o epíteto AROVSA[] (R. 24548, também em Lugo) como o mesmo, talvez tenhamos o elemento definidor para decidir para “templo”, talvez como epíteto que indique que o deus favorece os templos e/ou o culto em geral (como Mensageiro?).
Uma palavra sobre a famosa inscrição de Peñalba de Villastar: sigo o entendimento conjunto dos estudiosos Francisco B. Lloris, Carlos J. Cólera e Francisco M. Simón, exposto num artigo já de muitos anos (“Novedades epigráficas en Penãlba de Villastar” de 2005), de que não entendem lá o teônimo, mas sim um termo religioso (“juramento” ou como defendem lá “consagração”). Os argumentos me parecem ainda persuasivos, recomendo o texto para quem tiver interesse.
Há outras associações interessantes:
BANDE LVGVANO (R. 28724, Castelo Branco) → Se a hipótese de que o termo celtibérico LVGVEI (declinado no dativo ou instrumental singular) em Peñalba de Villastar realmente significar “juramento” ou “consagração”, temos uma base para crer que **luguanos ou **luguenos em galaico-lusitânico signifique “Jurador” ou “Juramentador”, “Consagrador” que faria sentido como epíteto de uma divindade como Bandu (cá adorada com o nominativo em -i, Bandis) em se tratando da regência dos laços entre fratrias guerreiras ou alianças de cunho militar em geral. Para um epíteto sincrético (numa espécie de “fusão” de características entre Lugus e Bandu), esperaríamos LVGVNO ou LVGVCO/LVGVAECO… Não cremos que seja um epíteto que afirme a identidade entre os dois deuses.
LVGVNIS DEABVS (R. 15654, Burgos) → Às Deusas Lugunas. Bem, Lugunas seriam deidades (talvez ligadas a sorte, bonança e fartura) companheiras dos Lugoves? Ou seriam aspectos femininos da ação do Senhor Lugus deificados? Ou filhas (encarregadas, talvez, de “cobrarem” de quem perjura – de modo similar a certa função das Fúrias romanas e Erínias gregas) do Deus? O contexto da ara, depositada por um sujeito que possivelmente se chamava Aurelius Celer, infelizmente não ajuda muito.
Uma vez que é bem aceita a interpretatio romana de Lugus como Mercúrio, vejamos alguns epítetos interessantes de Mercúrio na Ibéria:
CO[]PETALI[]/[]PITALI (R. 12109, La Rioja e 17789, Lérida)→ Possivelmente um epíteto latino derivado de compitum, que é “encruzilhada”, de modo que teríamos COMPITALI. “Ao Mercúrio das Encruzilhadas” é, sem dúvida, um epíteto caracteristicamente hermético.
[]HORTALI (R. 16747, Lisboa) → Muito possivelmente para COHORTALI, adjetivo composto a partir da palavra latina cohors “pátio, coorte, multidão, tropa” ou do verbo cohortor “exortar, admoestar”. Ou seja, “Mercúrio Admoestador, Exortador” ou “Mercúrio da Tropa, do Séquito”. Nos indicando a faceta da divindade como guia nas palavras que permite arregimentar e unir pessoas (transformando-as ou mudando algo em seu interior?).
VISVCEV (R. 12397, La Rioja) → Entendemos como um epíteto céltico, do PrC *wissu- “saber, conhecimento”, um paralelo (na verdade, a mesma palavra) ao epíteto galo registrado nos atuais territórios da Bélgica, França e Alemanha como VISVCIO (do PrC *wissukyo-). Interessante a relação entre a divindade e o conhecimento, talvez no sentido de habilidade e realce do cariz Multi-habilidoso/Polivalente presente na literatura mítica hibérnica posterior.
ESIBRAEO (R. 24162, Idanha a Nova) → Um epíteto céltico de difícil entendimento. Se pressupormos que a formação final da palavra pressupõe uma semi-vogal ou mesmo consoante “engolida” (como atestado no caso de certos -g- intervocálicos), vejo duas possibilidades: **ESIBRAEGO ou **ESIBRAGEO, optando pela primeira. Neste caso, teríamos, possivelmente, *eχs-eburo-āko- “o que saí do teixo, saído do teixo” (explicar a perca do -u- em *eburo- é complicado, mas paralelo ao que teria acontecido ao gaulês no nome Ebreuil < Eburoialon). É uma etimologia ousada e que lançaria uma associação até então desconhecida por mim (entre o Teixo e o deus Lugus). A associação entre o Teixo e a Morte é razoavelmente conhecida, mas ficamos só a especular sobre uma hipótese.
COLVALI (R. 22198, Extremadura) → Possivelmente um termo latino, do verbo colluo “lavar, banhar”, sendo para COLLVALI, ou uma corruptela de colo “filtrar, coar, purificar”. “Ao Mercúrio que banha, lava, retira a sujeira” sendo um epíteto que enfatiza o aspecto purificador (e relacionado às águas como tais elementos).
[]VGVSTOR[] []QVAECO (R. 23110, Viseu) → Em princípio, podemos entender como AVGVSTORVM AQVAECO “Aguaeco dos Augustos”, ou seja, entendendo que a palavra latina aqua fora declinada como um adjetivo luso-galaico (-AECO do céltico -āko). Neste caso, relacionando Mercúrio a certas águas (de propriedade da família Imperial?). Outra opção é assumir []QVAECO é um termo céltico puro, neste caso, abrem-se muitas opções uma vez que nos falta a(s) letra(s) inicial(is): *ekwo– “cavalo”, *wekwo- “face, rosto”, etc.
SVPERNO (R. 24479, Extremadura) → Adjetivo latino supernus, ou seja “do alto, de cima”. Ao Mercúrio de Cima, do Alto.
B/D[] MER[] VASEGO (R. 21416, Coimbra) → Há uma interpretação desta obscura inscrição que lê D[EO] MER[CVRIO] VASEGO ao invés de B[ENE] MER[ITO] VASEGO. No primeiro caso, temos uma ara votiva ao deus Mercúrio acompanhado do epíteto céltico VASEGO. Neste caso, a tradução deste termo é complicado, podendo vir de *wastāko- (“dos servos, subordinados”, em seu aspecto de protetor dos empregados/servos, cuja evolução seria **wastākos » wassākos » wassaikos » wassekos » was(s)egos » wasegos, de *wasto- “servo, subordinado, vassalo”, derivação literal de *uφo-sto- “que está abaixo”). Outros termos que poderiam ter de ver, são *wosu- “bondade” ou do verbo *wos-o “passar a noite, permanecer”.
Os Jogos do Festival para os nossos dias
Ao longo destes anos, cá já realizamos uma série de coisas neste festival: competição de corrida, luta (“quem derrubar primeiro ganha”), tiro com arco-e-flecha, com arma de pressão, até “jogo” de Airsoft. E pessoalmente, ainda desejo um dia, conseguir organizar uma batalha campal com armas de madeira ou plástico com umas 50 pessoas, pelo menos. Mas o principal entrava para a organização de jogos de grande porte é, justamente, a falta de público. Neste sentido, uma alternativa que recomendamos é a organização de eventos esportivos e competições diversas que, de alguma forma, seja no nome ou noutra referência, remetam a ocasião. Mesmo numa esfera domiciliar se pode fazer algo. Chamar os amigos para uma “noite de jogos” de tabuleiro, por exemplo. Listaremos algumas ideias e sugestões que acreditamos ser perfeitamente viáveis.
- Competições “Culturais”: participar ou promover uma competição de talentos musicais, ou bandas; ou ainda promover um sarau poético com uma premiação simbólica para o melhor poema; realizar ou resgatar alguma atividade tradicional como desafios de cantadores violeiros, improvisos repentistas ou de emboladores de coco (cá no Nordeste, por exemplo), etc. Há muitas opções.
- Jogos de mesa: como já indicado, promover na residência, condomínio ou bairro, um “torneio” de algum jogo de mesa popular; ou ainda uma simples “noite de jogos” com os amigos; ou trazer jogos antigos (como os “tafl games“), etc. Mesmo jogos virtuais, destes multi-jogadores, podem ser jogados em partidas de elaboração, nome ou motivação relacionada ao festival.
- Jogos de guerra e torneios com armas: obviamente, até mesmo pela dimensão guerreira (em termos de “iniciação”) que certos autores (Gabriel Sopeña) creem que a festividade teria, também acrescido dos relatos dos jogos fúnebres realizados na ocasião da viagem ao Outromundo do nosso herói eterno Viriato, é o tipo de competição mais tradicional. Organizar uma partida de Paintball ou jogo de Airsoft, ou ainda uma batalha campal ou competição de Sword Play – quem dera tivéssemos tradição com o Jogo do Pau português (coisa que precisamos introduzir cá), etc. No caso deste tipo de evento que requer muita gente, é óbvio que tende a ser melhor realizado com referências subtis. Em termos mais privados, se pode organizar uma competição informal de tiro ao alvo com arco-e-flecha, besta ou arma de fogo (reunir o pessoal e ir a um estande) ou pressão.
- Jogos “naturais”: para além dos jogos e brincadeiras como “barra-bandeira”, competições simples como arremesso de toras ou pedras, corridas (nas quais podemos incluir os “cavalos” tecnológicos modernos: motocicletas e veículos automotivos em geral), nado, lutas mano-a-mano, etc. Também são perfeitamente viáveis.
Claro, tudo isso, com organização e segurança. Além da observância religiosa estrita, tais jogos também podem projetar como consequência uma dimensão de entrosamento, divertimento e socialização que pode contribuir para apertar mais os laços e senso de identidade. É um tempo para jogos. Conclamo o leitor ou leitora a não deixar passar este tempo em branco.