Estudo dos Genes de Histocompatibilidade HLA, revelou que os descendentes do primitivo povo que habitava o Norte e o Centro de Portugal, conhecido por Lusitano, possuía dois genes únicos:
- O A25-B18-DR2
- E o A26-B38-DR13.
O A26-B38-DR13 é o gene mais antigo da humanidade, enquanto que o A25-B18-DR2 é único, pois apenas existe nos lusitanos! Ou seja, não existe em mais nenhum povo do mundo!
Os portugueses, não são mediterrâneos. Inexiste nos portugueses como nos bascos, o haplótipo mediterrâneo A33-B14-DR1, oque comprova o isolamento dessas duas populações.
O haplótipo paleo-norte africano, A30-B18-DR3, presente nos bascos, argelinos e espanhóis, também não é encontrado nos portugueses.
Em comum com os bascos e castelhanos de Madrid, os portugueses compartilham uma alta freqüência dos HLA-haplótipos A29-B44-DR7 (antigos europeus ocidentais), A2-B7-DR15 (antigo Europeus e paleo-norte-africanos), e A1-B8-DR3 (europeus).
O HLA (human leukocyte antigens) são cicatrizes adaptativas que ficam nos genes do sistema imunitário. Por isso quando os humanos encontraram corpos que lhes eram estranhos o sistema imunitário reage com os antígenos de forma a criar as reações dos anticorpos, do seu sistema imunitário. Por isso esses alelos no cromossoma 6, são uma excelente maneira de saber por onde andaram os seus antepassados.
Ao analisar os portugueses encontramos o HLA A2-B7-DR15. Este é conhecido como Europeu antigo e Paleo norte-africano. Chamemos-lhe EPA. O EPA é partilhado pelos R1b da europa ocidental e pelos Africanos (paleo), aqueles que habitavam a área muito antes da sua população atual, os Árabes. Estamos a falando dos Berberes e Tamazights do norte de África que na minha opinião conviveram com os R1b quando eles por ali passaram.
As variedades de R1b, comum na Europa Ocidental, são encontradas em abundância entre homens portugueses. Cerca de 60% do Português do Sul e cerca de 83% do Norte-português pertencem a subclasse R1b, conhecido como Haplotype Modal Atlântico (AMH). Há mesmo algumas áreas em Portugal, onde o AMH é encontrado em cerca de 90% dos homens.
O EPA encontra-se em alta frequência nos argelinos (por onde passaram os R1b), nos portugueses, espanhóis, bascos, austríacos e Reino Unido, com incidências elevadas nos portugueses, bascos franceses, pessoal da Cornualha e atrevo-me a dizer que se procuraram encontram na Irlanda, escócia e Pais de gales, tal como na verdade em todo sul da Inglaterra… porque esta marca seguiu os R1b do estuário do Tejo em toda a sua Celtificação (ou pelo menos largas partes da mesma) da Europa ocidental.
Convém relembrar que os Portugueses (e em doses menores os brasileiros e americanos pela imigração) possuem genes únicos que são o HLA-A25-B18-DR2 e A26-B38-DR13. Chamemos-lhe os Luso1 de o Luso2. Isto representa uma menor admixture da nossa parte.
Os estudos a que me refiro se centraram em pessoas das regiões entre o Tejo e o Douro. Mas a existência da localidade destes genes implica realmente na existência de uma população local que não sofreu uma mistura muito grande com o passar dos milénios e que representará o legado dos misteriosos Oestreminios (provavelmente) mais tarde identificados como os Lusitanos.